08 abril 2010

Barqueiros de Aybedé (Akunarés)




Perfil dos Akunarés

Homens de pequena estatura (1.20m), destacam-se por sua incrível capacidade organizacional, sendo negros e mulatos em sua grande maioria. Foram originados a partir das raízes das trepadeiras aquáticas da Lagoa de Jupiaçara, na região de Aybedé, migrando para a superfície.

Costumam construir suas pequenas Ocas perto de arbustos e folhagens mais espessas para se protegerem da fúria dos deuses Raio (“Kamu-ká“) e Trovão (“Aka-rá”).

Sua ligação com o elemento água é muito grande; detém antigos conhecimentos dos primórdios Akunarés e possuem uma forte crença na chuva como “deusa maior”, utilizando a expressão “Uwha-rá cuma cuma ká” para evocá-la em dias secos e de períodos pouco frutíferos.

Seus olhos são vermelhos e adornados por cores diversas. A coloração avermelhada se dá devido ao excesso de Fribilosina (o sangue dos Akunarés), que é a substância encontrada em abundância nas trepadeiras em Aybedé.


Adornos dos Akunarés

- Seus rostos são adornados por pequenos pontos brancos acima dos olhos e perto de seus maxilares com a substância Fino Branco, encontrada nas árvores da região de Aybedé. São 3 marcações em suas faces, que traduzem visualmente sua crença nos 3 Cosmos existentes: o Superior, o Central (novo ambiente Cósmico) e o Inferior.

- A forma triangular é muito usada pelo povo Akunaré. Este símbolo (triângulo) é seu 3º Olho (Astral) e está localizado entre os olhos; sua forma invertida remete à história dos Ancestrais Akunarés que, das águas da Lagoa de Jupiaçara, migraram para a superfície. A ponta inferior do triângulo invertido é o marco Zero de onde a população Akunaré se originou, espalhando-se para as duas extremidades das terras Afrotropicais.
Logo abaixo deste estão localizados mais 3 triângulos. A cor vermelha nestes indica seu respeito para com seus Ancestrais, lembrando sua força e luta, o nascimento Akunaré (da água para a terra).

- As 3 linhas vermelhas em seus corpos (região peitoral) querem remeter ao fluxo das águas, embora alguns acreditem ser esta a representação do crescimento das trepadeiras aquáticas da Lagoa de Jupiaçara.

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